7 de março de 2007

O Diário de Anne Frank - um livro muito especial!


Anne Frank pertencia a uma família judaica de Frankfurt que, em 1933, fugindo às perseguições do regime hitleriano, se refugiou na Holanda, onde supunha encontrar a paz e a segurança. Mas, logo depois da invasão deste país pelos alemães, as perseguições aos judeus continuaram ali com tal violência que os Frank resolveram «mergulhar»,isto é, desaparecer, passando a ter uma existência ilegal ou clandestina. Durante dois anos, que abrangem o período de guerra de 1942 a 1944, não podem sair à rua e vivem sob a constante ameaça de serem descobertos pela polícia.
Com uma certa regularidade, Anne escrevia um diário, em forma de cartas, a uma amiga imaginária. Este diário tornou-se um dos mais comoventes depoimentos contra a guerra, contra a injustiça e a crueldade dos homens .
Escrever o seu diário serviu para lhe aliviar o coração, como ela diz várias vezes. Quando escrevo, sinto um alivio, a minha dor desaparece, a coragem volta... Ao escrever sei esclarecer tudo - os meus pensamentos, os meus ideais, as minhas fantasias.
E, desabafando a sua revolta de adolescente, de judia expulsa da comunidade dos homens, de vítima de uma guerra impiedosa, escreve ainda: Sinto-me como um pássaro a quem cortaram as asas e que bate, na escuridão, contra as grades da sua gaiola estreita.
O isolamento, os sacrifícios diários, as angústias, o medo e, principalmente, a morte a pairar constantemente sobre esta criança fizeram com que ela amadurecesse rapidamente e tornaram possível que uma obra destas fosse escrita entre os treze e os quinze anos de idade.
Aconselho, vivamente, a leitura deste livro!

A.G.

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