23 de maio de 2007

Num planeta que visitei...

Num Planeta que visitei, era tudo de espantar:
Homens com chouriços na cabeça a fazer malabarismo,
Porcos a ladrar, galinhas a grasnar e um cão a querer falar...
São todos muito estranhos, mas aqui não há racismo!

Uma carroça sem cavalo com um cocheiro divertido;
Um camião salsicha com um homem que era anão;
Uma bomba de hospital a deitar água pelo ouvido
E, na mesa do restaurante, um homem a pedir limão.

Num brinquedo de corda, o que estará à janela?
Não sei bem o que seria, acho que é alguém a acenar,
E numa jarra lá ao fundo, uma flor muito bela,
Pode ser o símbolo da paz, mas a quem a vamos dar?

Casas com telhados de chocolate do tamanho de um jornal,
E, tal como noutros tempos, foram conquistados por Portugal.
Mas… o Sol entrou no meu quarto, acordei a bocejar,
Afinal, foi tudo um sonho, no Planeta de espantar!


Inês Durão
Este poema foi enviado para o passatempo «Linhas e Letras», lançado pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, com o objectivo de comemorar o nascimento do escritor dinamarquês Hans Christhian Andersen, e inspirou-se na imagem do ilustrador João Vaz de Carvalho que o acompanha.

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